A jornada para a nuvem é um tema que envolve infraestrutura de cloud computing e planejamento. Ela proporciona benefícios para a empresa, como segurança, desempenho, redução de custos, confiabilidade e escalabilidade. Sendo assim, a jornada para a nuvem vem sendo cada vez mais praticada pelas empresas que querem expandir a importância que a área de TI proporciona ao seu negócio. Por isso, neste e-book, vamos conferir tudo que envolve esse tema. Confira!
O QUE É A COMPUTAÇÃO EM NUVEM?
A cloud computing, ou computação em nuvem, é uma tecnologia que utiliza recursos e serviços de TI sem que o usuário precise necessariamente de um servidor físico instalado na sua empresa, mas sim do acesso à internet.
Dessa forma, a companhia pode deixar de utilizar servidores locais para que clientes e
colaboradores acessem arquivos ou sistemas, bastando contratar um provedor de serviços na nuvem para esse fim. De acordo com um estudo da GlobalData, o setor movimentará US$ 2,5 bilhões em 2020, sendo utilizado por 94% das empresas brasileiras.
Computação na nuvem: como funciona
O termo “nuvem” é uma metáfora para as redes de dados acessados pela internet.
Isso significa dizer que os recursos de TI disponíveis nesse modelo são entregues e acessados via web. Através dela é possível a virtualização de diversos recursos tecnológicos. Por exemplo, quando você contrata um serviço de hospedagem em nuvem, todos os seus arquivos, banco de dados e programas serão armazenados em um servidor que pode estar localizado em qualquer parte do mundo.
Assim, percebemos que o acesso aos dados na nuvem se difere do acesso aos dados localizados em um servidor local, já que na cloud basta apenas a utilização de um dispositivo conectado à internet. E essa característica faz com que a computação na nuvem seja mais prática para as empresas no geral. Porém, se a sua companhia ainda utiliza um servidor físico, mas quer migrá-lo para um na nuvem por conta de seus benefícios, saiba que é preciso ter alguns cuidados durante processo que explicaremos a seguir.
Como realizar a jornada para a nuvem
Ao contrário do senso comum, não é aconselhável fazer a migração de uma só vez do servidor físico para a nuvem. É importante criar etapas para que não haja perda de dados, falhas de segurança ou problemas com links, por exemplo. Desenvolver um planejamento e segui-lo vai fazer com que a jornada para a nuvem seja realizada de forma eficiente e
eficaz.
Além disso, evita o prejuízo financeiro, pois muitas empresas ao fazerem uma migração sem planejamento, acabam voltando atrás, gastando ainda mais para reorganizar seus servidores ou para aumentar sua capacidade física de estrutura.
Abaixo seguem os pontos a serem avaliados antes de realizar a jornada para a nuvem:
Volume total de vCPU O termo vCPU significa CPUvirtual. Nos planos de servidores cloud são oferecidas algumas opções de quantidades de vCPU. Dessa maneira, você precisa escolher uma quantidade que garanwta que seu sistema execute os comandos necessários sem que ocorram travamentos.
Aliás, digamos que você escolheu um servidor cloud com 16 vCPU, mas eles já não estão mais sendo suficientes. Assim, você só precisa comunicar o provedor do data center na nuvem e mudar a quantidade para 24 vCPU, por exemplo. Dessa forma, quando seu sistema reiniciar, ele voltará com as 24 vCPUs já em funcionamento.
Quantidade de memória RAM utilizada atualmente
A memória RAM auxilia o processador ao disponibilizar recursos para que ele execute a sua função. Porém, assim como um computador que está com pouca memória RAM e que começa a ficar lento, se você escolher um servidor cloud com as mesmas características, sofrerá com esses mesmos problemas. Então, para evitar que a sua empresa leve muito tempo para acessar um sistema ou arquivos importantes, basta escolher um servidor que tenha memória RAM suficiente para as suas necessidades.
Velocidade do link de conexão
O link de conexão corresponde ao upload e download de dados no servidor. Ele é essencial quando o usuário do seu sistema ou aplicativo for acessá-lo. Afinal, uma baixa velocidade do link de conexão resulta em lentidão na hora de usar o sistema. Em e-commerces, por exemplo, quando há muitas pessoas acessando a loja, é necessário ter uma boa velocidade do link de conexão, caso contrário o sistema irá se sobrecarregar e poderá até sair do ar.
Quantidade armazenamento utilizada no ambiente
A quantidade de armazenamento é basicamente o espaço disponível em disco rígido que o seu sistema utiliza hoje. Dessa maneira, o servidor contratado deve ter, ao menos, a mesma quantidade que já é usada atualmente pela sua empresa para o armazenamento do sistema. Se esse cuidado não acontecer, irá faltar espaço e parte dos arquivos não poderão ser armazenados. Então, é importante analisar esse ponto. Além dessas questões é importante pensar se a sua empresa precisa de um servidor dedicado na nuvem. Um exemplo é a Amazon. Por ser uma empresa muito grande e por seu e-commerce ser muito forte, ela conta com servidores dedicados. Já empresas menores podem optar por servidores divididos com outras companhias.
As etapas da jornada para a nuvem.
Como visto até agora, a jornada para a nuvem necessita da análise de vários detalhes do servidor cloud antes de ser realizada. Além disso, a migração de todo o data center feita de uma só vez também não é recomendada. Sendo assim, o planejamento é um fator determinante. Afinal, você não quer que sua empresa perca dados, gaste tempo, tenha erros de compatibilidade ou perceba que as configurações escolhidas do servidor não são as ideais. Fazer a migração de um sistema inteiro de um servidor interno para a nuvem é um trabalho minucioso e que requer o auxílio de especialistas.
Há detalhes a serem resolvidos e que são cruciais para que tudo ocorra bem. Então, se quiser usufruir dos benefícios que a computação na nuvem oferece é preciso ter um planejamento e um cronograma. Além disso, o profissional que for fazer a migração precisa ser bem qualificado, para que possa superar os desafios que surgirão durante o processo.
Então, explicaremos agora as etapas do planejamento. O que será preciso fazer em cada uma delas para que a jornada para a nuvem seja realizada da melhor forma? Confira a seguir:
Etapa 1 Analisar o sistema da empresa
Essa é a primeira etapa do processo e nela é preciso analisar a infraestrutura de TI da própria empresa. Ou seja, é necessário identificar seu nível de maturidade, os requisitos, o que será movido para o servidor cloud e o que ficará localizado nos servidores locais, por exemplo. Ainda, deve-se entender que é necessário monitorar o servidor cloud, desenvolver dashboards inteligentes e criar soluções de automação. Sendo assim, há muito o que planejar nessa etapa que é uma das principais do processo.
Etapa 2 Apontar as melhorias
Na segunda etapa, a empresa deve olhar para os seus sistemas que serão migrados, verificar quais que fazem sentido deixar como estão e quais são necessários modificar para que no momento que estiverem na nuvem possam proporcionar o máximo de benefícios. É importante apresentar um cronograma das organizações que serão feitas no sistema em curto, médio e longo prazo e como isso impactará nos negócios.
Etapa 3 Analisar a parte técnica e financeira
Apesar de não se ter um custo inicial com hardware, será necessário pagar o plano do servidor cloud. Porém, além disso, há as despesas com monitoramento, integração, implementação, empresas e profissionais qualificados e avaliações sobre a segurança na fase inicial da migração. É claro que depois de ser feita toda a migração, alguns custos serão extintos, mas outros permanecerão, como o uso do servidor cloud. Aliás, eles poderão até diminuir ou aumentar de forma sazonal, dependendo o tipo do serviço contratado e da quantidade de acessos.
Etapa 4 Realizar a migração
Na hora da migração é essencial que ela seja feita de forma organizada para que não haja impacto negativo para o financeiro e para que o sistema continue funcionando sem nenhum problema. Para isso, é preciso que as equipes da área financeira e da TI da sua empresa estejam alinhadas.
Vimos que a jornada para a nuvem envolve muitos processos, principalmente na parte de planejamento. Porém, nem tudo precisa ou pode ir para a nuvem. Dessa maneira, dependendo do produto ou serviço que a sua empresa presta será necessário deixar parte do sistema no servidor local e outra parte no servidor cloud. Sendo assim, trataremos sobre esse assunto no tópico a seguir para que você compreenda o que pode e o que não pode ir para a nuvem.
Jornada para nuvem: nem tudo é compatível Apesar de a nuvem ser uma ótima opção para quem não quer investir em infraestrutura de servidor local e manter a segurança da informação, é preciso saber que nem tudo pode ir para um servidor cloud. Isso ocorre, pois nem tudo é compatível ou recomendável com a cloud, como a alta dependência de rede e o uso de hardwares em algumas aplicações, por exemplo. A seguir veremos alguns casos que necessitam de um servidor local.
Dependência de hardware
Sistemas que utilizam hardwares que se conectam via porta serial, por exemplo, não podem ir para a nuvem. Afinal, se isso acontecer os hardwares não irão funcionar. Um exemplo são as catracas de controle de acesso que vemos em shoppings ou em entradas de cinema. Elas contam com um leitor de código ou emissor que precisam estar ligados diretamente no computador em que o sistema está instalado.
Afinal, se isso não acontecer não será possível trocar informações e o hardware não irá funcionar. Outro exemplo é o relógio ponto. Nesse caso, ele é um aparelho que lê a digital dos funcionários e grava a hora que eles entraram ou saíram do trabalho. Com a tecnologia que temos desenvolvida hoje para esse dispositivo, não é possível ter um sistema desses armazenado na nuvem. Sendo assim, ele também vai precisar de um servidor local.
Alta dependência da rede
Outro exemplo de que não se pode enviar tudo para a nuvem são os sistemas que exigem muito da comunicação de rede entre o cliente e o servidor. Muitas vezes, uma aplicação legada, escrita em linguagem como VB, Delphi, etc, precisa estar constantemente conectada a uma base de dados para funcionar corretamente.
Para esses casos, talvez seja melhor ter um servidor local. É claro que existem opções para executar esse tipo de aplicação na nuvem. É possível, por exemplo, virtualizar tanto o cliente, quanto o servidor na nuvem. Os usuários podem conectar-se utilizando ferramentas de acesso remoto, como o Remote Desktop, por exemplo. De qualquer forma, é recomendável uma consultoria especializada para auxiliar nesse tipo de implementação.
No caso do exemplo da Amazon, que citamos anteriormente, a própria empresa conta com um serviço computação em nuvem, a AWS. Assim, além de usar seus próprios servidores dedicados, ela também disponibiliza seus servidores cloud para outras empresas que necessitam. Ou seja, na jornada para a nuvem, o ideal é analisar o que a sua empresa utiliza de recursos de TI e concluir se será possível migrar tudo para lá, pensando também como serão estruturados os processos de migração e o que ficará disponível no servidor local da empresa. Aliás, se você precisa de ajuda nessa parte, saiba que a iamit conta com profissionais especializados em servidores e cloud computing. Assim, podemos auxiliar no que for preciso para que a sua migração aconteça da forma ideal. Caso tenha alguma questão, entre em contato conosco para que possamos sanar todas as suas dúvidas e também oferecer as melhores soluções para a sua jornada para a nuvem.